No passado apresentamos como o encerramento do espetáculo, “Dance sur Tom” onde todas as musicas escolhidas foram compostas por Tom Jobim. No meu caso apresentei as musicas alvorada, canta canta mais e garota de Ipanema, a ultima foi o encerramento geral onde apareceram todos os integrantes da escola. Em alvorada representei um pássaro juntamente com a minha amiga Mayara e as meninas mais novas “foram as arvores” em uma coreografia neo-clássica, já em canta canta mais, é triste dizer porem não consegui entender o que a melodia passa, nem eu e nem a Mayara conseguimos dar a coreografia o sentimento necessário para que esta ficasse realmente completa, acho que por não termos compreendido a musica acabamos por pegar “birra” da coreografia e não tínhamos mais animo para ensaiá-la, e esse foi o maior problema de todos por que a partir desse momento não conseguíamos mais, como posso dizer nos concentrar nem ao menos na parte técnica então imagina-se o que aconteceu com a parte expressiva da mesma.
E apesar de todos esses problemas fomos inscritas em uma mostra de dança onde só poderiam ser apresentadas coreografias feitas com musicas brasileiras, festival dança Brasil, e apesar de todo o esforço para conseguirmos atingir a expressão necessária a pressão que a diretora de arte estava fazendo em cima de nós na semana da apresentação era tão absurda que conseguiu fazer com que perdêssemos completamente a vontade de dançar absolutamente qualquer coisa, constatamos assim que talvez a birra tivesse outro motivo, estresse emocional o que não poderia acontecer de modo algum pois desvia a nossa concentração, bom mas em geral o festival foi muito interessante, apareceram desde bales modernos até dança teatro, que devo admitir me assustou um bocado, afinal não é em toda mostra de dança que se encontra pessoas sentadas no chão gritando sem se mover, ainda me pergunto aonde estava a dança, mas em geral a mostra foi interessante pois também aceitaram dança de salão e forró o que fez que não ficasse tão maçante (bom isso depende de quem assiste). Foi marcante também a presença de bailarinos de diversas cidades, digo lá tinham pessoas de São Paulo, Guarulhos, Mairiporã, Atibaia entre outros locais e todas agiam da mesma forma perante o nervosismo de se apresentar, as mais novas que erma muito fofinhas se me permitem dizer pulavam de um lado para o outro tentando conter a alegria de estar dançando não para a família e sim para pessoas que haviam pago para assistir a apresentação, é interessante ver que a reação das meninas mais novas em relação a este simples fato é tão diferente da reação que você adquire com o tempo que é o nervosismo de quem estar te vendo gostar ou não independentemente de quem for, obvio que elas dão seu melhor ao se apresentar para família, mas é muito mais emocionante para elas que paguem pata velas fazendo com que elas tentem fazer o mais perfeito possível, e quando se alcança um certo nível inconscientemente você acaba tentando sempre alcançar o seu limite e no fim sempre sai do palco querendo se mata porque por mais que treinemos, nunca que a apresentação sairá perfeita, fiquei feliz ao assistir o DVD “Dancers Dream” por que este DVD mostra que aquelas bailarinas maravilhosas da Opera de Paris também saem do palco odiando a apresentação que fizeram e que elas também sofrem tudo que sofremos.