terça-feira, 24 de junho de 2008

Um dos mais famosos filmes do Sr. Fred

Provavelmente é o Bodas Reais (Royal Wedding) devido a duas cenas geniais a primeira é a dança da sala e a outra do cabideiro, sim mostrarei os vídeos.
Para quem gosta de dança em geral e principalmente de sapateado esse filme e uma boa, a dança da sala que é a mais famosa de Fred Asteire consiste em bom sapatear até mesmo pelo teto, a idéia genial de fazer a sala e a câmera girarem simultaneamente da a impressão de que o ator literalmente sobe e dança sobre as paredes, é um efeito feito totalmente “manualmente” (sim a sala realmente gira) afinal não existia computação gráfica em 1951:

também é interessante ver o como é utilizado o cenário para ajudar durante a dança, já a dança do cabide ele simplesmente utiliza do mesmo como “parceira”de dança utilizando inicialmente como musica um metrônomo para marcar o ritmo e somente depois ocorre a introdução da musica, agora naquela vale a pena ressaltar que os estúdios não tinham como fazer um filme que custasse bilhões de dólares e muito menos tempo de sobra para pós produção as tomadas eram feitas direto, a cena da sala por exemplo não tem cortes foi tudo gravado direto, e o mesmo ocorre com o cabide.

ainda falando de ballet em filmes...

Passemos para outro musical antigo porem nunca esquecido por quem já o assistiu(pelo menos minha mãe que me falava dele a anos) sete noivas para sete irmãos(seven brides for seven brothers) é a história mais absurda e engraçada que eu já vi, misturando vários tipos de dança, como piruetas características de ballet clássico, com valsa, quadrilha e movimentos aeróbicos como pode-se ver no vídeo abaixo:

A história que conta a vida de sete irmãos que moram em uma fazenda afastada a cidade sem nenhum contato com o sexo oposto e logo após o irmão mais velho se casar a esposa Millie resolve ajudar os outros seis a arrumarem namoradas, em uma reviravolta completamente insana e depois de muita confusão os seis acabam conseguindo se casar.
O que diferencia este musical dos outros mais conhecidos é o fato de não ser usado o sapateado que foi um marco nos musicais americanos da época, causado talvez pela simples existência de Fred Asteire e Gene Kelly e grandes outros sapateadores.

Contos que agora...

Vieram a se tornar musicais e até mesmo filme de terror coreano.
O conto escrito por Hans Christian Andersen um famoso escritor dinamarquês quem não conhece, o mesmo que escreveu a história original da pequena sereia, o conto aparenta ser infantil porem tem um final bem trágico:
Sapatinhos vermelhos

Este conto nem um pouco feliz teve em 1948 uma adaptação para o cinema no caso um musical, em que a personagem principal interpretada por Moira Shearer era uma bailarina que aspirava entrar em um grupo de dança e ao entrar é incumbida a ela a tarefa de interpretar a menina dos sapatos vermelhos que alem de ser o papel principal é também o mais complicado já que em momento algum ala poderia parar de dançar.

Red Shoes 1948


Agora o mais engraçado foi que enquanto eu procurava o vídeo do musical eu descobri que foi feito um filme de terror coreano utilizando o mesmo conto com base, acho interessante pois aparentemente a parte em que ela dança até que cortem seus pés foi mantida e toda a história foi adaptada para um cenário contemporâneo.
Perdão pela legenda em ingles mas só encontrei assim.

Red Shoes terror coreano 2005

o que eu acho sobre a dança arabe do quebra nozes...

Em alguns casos acho que a animação acabou combinando mais com a musica do que a coreografia para qual foi escrita, na época em que os bales eram escritos o compositor e o coreógrafo trabalhavam em conjunto no caso Petipa e Tchaicovisk , curiosidade o ballet Lago dos cisnes foi odiado em sua esteia, e a após o sucesso que o ballet A bela adormacida fez, Petipa foi chamado para refazer a coreografia do lago dos cisnes, que havia sido montada por um francês que eu não lembro o nome coitado ficou obsoleto na história do ballet, voltando ao assunto eu acho que os peixes combinam mais com a musica.

Fantasia


Pena que esse video esta cortado...

Kirov

Nos trechos em que são utilizadas s musicas do ballet quebra nozes grande parte da animação não demonstra uma ligação direta com a origem das mesmas apenas em alguns casas que são quando a animação envolve fadas que se consegue ver algumas características do clássico como a delicadeza das mesmas e alguns movimentos, e tambem algumas caracteristicas de patinação artistica no gelo, nas restantes apesar de serem animações em que os “personagens” e/ou objetos dançam não mostra claramente a influencia do ballet clássico.

Fantasia musica da fada açucarada


Fada açucarada


Alem da música pode-se notar que alguns movimentos da coreografia foi transpassado para a animação principalmente em relação aos braços e quando na animação a fada anda ela utiliza somente a ponta do pé como no inicio da variação.

Comparações que eu presciso fazer...

quem assistiu o grande filme da Disney fantasia, não o 2000 o original vai saber do que eu estou falando que nunca viu depois assista os vídeos que vou postar abaixo e entenderá. A maioria das musicas utilizadas nos quadros do filme foram tiradas de ballets famosos, principalmente do ballet quebra nozes mas o único "ato" que demonstra uma relação obvia com o ballet é o quadro da “hipopótoma” dançando com o jacaré a dança das horas do repertorio Gioconda, fazendo da cena romântica algo completamente cômico a idéia da animação pelo que entendi é mostrar através de avestruzes elefantes e hipopótamos que as bailarinas tendem a ser leves e delicadas independentemente de tamanho e estilo. Quando era pequena eu assistia esse filme, prendendo muito a minha atenção no modo em que a musica foi utilizada e como os desenhos seguiam de modo tão perfeito o ritmo da mesma, hoje já cheguei a uma conclusão sobre o assusto, eles conseguiram “coreografar” algo que se encaixa perfeitamente no que a melodia pede, lembrando que eles fizeram todas as animações a mão.

Fantasia





Gioconda


Sei que são muitos videos masacho que é o melhor jeito de mostrar essa transição para a animação.

Lembreiiiiii....

vou dançar novamente Coppélia sexta-feira agora dia 27 no teatro Ítalo Brasileiro- Sala Paulo Autran, Av.João Dias, 2046 - Santo Amaro
Tenho certeza de que agora a coreografia esta bem melhor do que no ano passado.
E aqui juntamente com essa noticia, talvez não muito util...(para mim é)trago o website da minha academia de ballet:
Ballet Magaly

remontagem

Voltando aos bales de repertorio, descobri o quão complicado pode ser a remontagem de um, e quando digo complicado eu não estou brincando a primeira coisa que fiz foi passar o esqueleto da versão da coreografia da fada vermelha também conhecida como fada dos dedos do ballet “A bela adormecia” para a bailarina que o caso foi a Mayara (coitada, sempre sofre nas minhas mãos) para que eu pudesse constatar o que ela conseguia fazer e o que deveria ser adaptado para que ela pudesse fazer uma boa apresentação. Em geral ela conseguia realizar os movimentos que caracterizam a coreografia o que já foi um grande começo, porque caso ela não conseguisse a coreografia teria de ser simplificada ao máximo o que em minha opinião banalizaria a apresentação e a própria bailarina, pois acho que se os professores e a própria bailarina se dispuseram a fazer al apresentação eles que devem se esforçar para alcançar uma media das versões para que o solo, duo ou corpo de baile não fiquem fora dos padrões do repertorio escolhido, ao iniciar a remontagem eu deixei claro para Mayara que aquela coreografia era apenas temporária e que todas as piruetas um dia serão (já estão quase lá) duplas e que assim que ela tivesse melhor controle de giro o de turne irá se transformar em três debulès, por que já tenho uma certa noção do que ela consegue e o que ela pode conseguir se o empenho dela continuar a crescer Para a remontagem eu tive de rever quatro versões do ballet para “firmar” em minha mente o que eu iria passar para ela, foram as versões do Royal de Londres, da Opera de Paris,do Ballet Bolshoi e do Kirov, no final acabei por misturar todas em uma só, mantendo exatamente o que era constante nas quatro. Até que a coreografia estivesse firmada fui eu que a ensaiei sempre chamando a atenção dela para o estilo do solo que é bem complexo pela personagem ser uma fada que deve ser delicada e ao mesmo tempo ter um temperamento extremamente forte e até mesmo em alguns momentos eu diria nervoso e é definitivamente complicado ser delicadamente nervoso através de uma coreografia, para “ajudá-la ” fiz com que ela assistisse pelo menos as versões da Royal e do Kirov que a ajudariam a ter um melhor entendimento do estilo de movimento que a personagem pede e sugeri também que ela procura-se outras versões do solo no you tube até mesmo versões de concursos e mostras, e que seria interessante ver as versões de bailarinas chinesas para técnica. RoyalOpera de ParisMayara
Neste ano a coreografia foi apresentada em um concurso de dança em Guarulhos que infelizmente não pude comparecer e será novamente apresentada se não me engano em Agosto.
Nossa quase ia me esquecendo de um dado importantissimo, a coreografia original desta variação foi feita por Marius Petipa.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

canta canta mais

No passado apresentamos como o encerramento do espetáculo, “Dance sur Tom” onde todas as musicas escolhidas foram compostas por Tom Jobim. No meu caso apresentei as musicas alvorada, canta canta mais e garota de Ipanema, a ultima foi o encerramento geral onde apareceram todos os integrantes da escola. Em alvorada representei um pássaro juntamente com a minha amiga Mayara e as meninas mais novas “foram as arvores” em uma coreografia neo-clássica, já em canta canta mais, é triste dizer porem não consegui entender o que a melodia passa, nem eu e nem a Mayara conseguimos dar a coreografia o sentimento necessário para que esta ficasse realmente completa, acho que por não termos compreendido a musica acabamos por pegar “birra” da coreografia e não tínhamos mais animo para ensaiá-la, e esse foi o maior problema de todos por que a partir desse momento não conseguíamos mais, como posso dizer nos concentrar nem ao menos na parte técnica então imagina-se o que aconteceu com a parte expressiva da mesma.

E apesar de todos esses problemas fomos inscritas em uma mostra de dança onde só poderiam ser apresentadas coreografias feitas com musicas brasileiras, festival dança Brasil, e apesar de todo o esforço para conseguirmos atingir a expressão necessária a pressão que a diretora de arte estava fazendo em cima de nós na semana da apresentação era tão absurda que conseguiu fazer com que perdêssemos completamente a vontade de dançar absolutamente qualquer coisa, constatamos assim que talvez a birra tivesse outro motivo, estresse emocional o que não poderia acontecer de modo algum pois desvia a nossa concentração, bom mas em geral o festival foi muito interessante, apareceram desde bales modernos até dança teatro, que devo admitir me assustou um bocado, afinal não é em toda mostra de dança que se encontra pessoas sentadas no chão gritando sem se mover, ainda me pergunto aonde estava a dança, mas em geral a mostra foi interessante pois também aceitaram dança de salão e forró o que fez que não ficasse tão maçante (bom isso depende de quem assiste). Foi marcante também a presença de bailarinos de diversas cidades, digo lá tinham pessoas de São Paulo, Guarulhos, Mairiporã, Atibaia entre outros locais e todas agiam da mesma forma perante o nervosismo de se apresentar, as mais novas que erma muito fofinhas se me permitem dizer pulavam de um lado para o outro tentando conter a alegria de estar dançando não para a família e sim para pessoas que haviam pago para assistir a apresentação, é interessante ver que a reação das meninas mais novas em relação a este simples fato é tão diferente da reação que você adquire com o tempo que é o nervosismo de quem estar te vendo gostar ou não independentemente de quem for, obvio que elas dão seu melhor ao se apresentar para família, mas é muito mais emocionante para elas que paguem pata velas fazendo com que elas tentem fazer o mais perfeito possível, e quando se alcança um certo nível inconscientemente você acaba tentando sempre alcançar o seu limite e no fim sempre sai do palco querendo se mata porque por mais que treinemos, nunca que a apresentação sairá perfeita, fiquei feliz ao assistir o DVD “Dancers Dream” por que este DVD mostra que aquelas bailarinas maravilhosas da Opera de Paris também saem do palco odiando a apresentação que fizeram e que elas também sofrem tudo que sofremos.

Video da Coppélia

sem ser a versão do Cloverfield.

domingo, 22 de junho de 2008

já em 2007...

Ano passado foi resolvida para a parte clássica do espetáculo, que seriam apresentados trechos de bales de repertório, lindo para que assiste e mortífero para quem dança,já que apesar da satisfação de estar dançando um coreografia antiga que tem diversas versões feitas pelo mundo afora a pressão colocada em cima da(s) bailarina(s) é muito maior, não só por parte dos professores que nos ensaiam mas por nós mesmas pois é algo conhecido sendo assim é mais fácil de encontrar erros no meio da apresentação. Obvio que tecnicamente a diferença entre um ballet de repertório e um livre é a mesma (dependendo da coreografia), porem existem diferenças em relação a responsabilidade que são atribuídas ao bailarino que vai fazer uma coreografia clássica de repertorio, que são tentar ao máximo manter o nível técnico quase “impecável” em relação a coreografia na hora de um concurso ou amostra já que alem de conhecerem a peça, os juizes terão uma ficha com todos os detalhes da apresentação, e o mais importante e na minha opinião o mais complicado, encarnar o personagem através da musica, apesar que parecer simples uma das coisas mais difíceis que eu tive de aprender a fazer foi encarnar a personagem de Kitri no PDD (pás de deux)de Don Quixote e eu não gostei do resultado, que eu tive meses (comecei a ensaiar em junho de 2007) para tentar captar, foram mais de nove versões que eu assisti cada uma com um andamento musical diferente e mesmo depois de estudar a musica diariamente sinto que não consegui alcançar a personagem, agora nos ensaios deste ano estou começando a encaixar a personagem na dança, talvez por ter começado a ensaiar o solo do PDD esteja finalmente começando a entende-la.Outra apresentação de repertorio feita pro nós esse ano foi Coppélia, neste caso a coreografia era um conjunto e o que prejudicou muito foi que durante a época de ensaios raramente era possível ter todas as integrantes do conjunto juntas, já que era sempre que uma ou mais faltavam, solução de nosso professor, ensaios durante todos os sábados (algo que ele manteve até hoje já que deu certo) para que pudéssemos nos “entender” umas com as outras durante a dança, o que é muito mais difícil do que se imagina pois cada uma tem um estilo e limites diferente das outras e até encontrar uma media para que o conjunto ficasse harmonioso foi complicado, e devido essa diferenças duas das meninas não puderam fazer a parte delas na segunda parte da coreografia (uma delas havia entrado na ponta há apenas dois meses antes do espetáculo) sendo assim essa parte foi passada para mim e para minha amiga Mayara, que por termos aula juntas a mais de três anos temos uma sincronia quase perfeita alem de sermos as mais antigas do ballet. E junto com todas essa adversas “barriras” ainda tivemos que nos concentrar com o estilo camponês alemão do ballet. Para que todas esses detalhes fossem compridos ensaiávamos toda vez que nos encontrávamos mesmo que fossem somente duas garotas e assistíamos o vídeo de onde a versão que dançamos foi retirada (Ballet da Opera de Sidney) quase que todos os dias. (Perdão se o vídeo esta mal filmado,mas meu irmão aparentemente quis fazer uma versão de cloverfield ou twister de Coppélia quando tiver uma versão melhor eu posto)

Finalmente eu estou conseguindo postar ...

...tudo o que eu já havia escrito, digo, os textos para atividade complementar que após muitas desventuras está sendo colocado na net. Uma das atividades que eu faço alem da faculdade é ballet clássico, a outra é kung-fu, porem esta não vem ao caso. O ballet clássico pode aparentar ser uma atividade simples, pois já ouvi diversas vezes alguém dizer “Dançar ballet é só saber levantar a perna e girar!” porem é uma atividade extremamente complexa que se leva anos para começar a dominar, no meu caso já pratico a sete, oito anos aproximadamente e estou bem longe de ser uma grande bailarina, diferente do que outras pessoas pensam o ballet é muito mais do que passos, envolve a capacidade de “sentir” o que a musica está pedindo (musicalidade), o domínio dessa técnica e muita disciplina para que se consiga o resultado desejado. Para que todo um espetáculo seja realmente bom são necessários um bom corpo de baile, coreógrafo e professores, outros fatores como cenário figurino e luzes na hora da apresentação também são fundamentais para o sucesso do mesmo. No ano retrasado (2006) minha academia apresentou para a parte clássica do espetáculo, uma simulação de uma aula em uma academia em que nós realmente apresentamos passos utilizados na aula da RAD (Royal Academy of Dance) um dos métodos de ensino escolhidos pela academia, no meu caso também foi apresentado um pás de deux (o meu primeiro no caso) como se fosse um ensaio.

Para finalizar o espetáculo (admito que amei a idéia da diretora) ela juntou em uma única coreografia todos os cursos que existiam na época, usando a música rapsódia in blue de Gershwin. E esta mistura acabou ficando interessante, pois combinou com a trilha que foi escolhida já que a musica tinha um tema, porem esse tema muda de ritmo e sutilmente pode se dizer que o estilo também, apesar de que em minha opinião o sapateado e o jazz poderiam ter sido melhor aproveitados dentro do tema, em algumas partes a coreografia chegou a ser comparada a de musicais pelo público(senhor elogio não?).